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domingo, 3 de junho de 2012

PRENÚNCIO DO TRIUNFO DE FÁTIMA QUASE CINCO SÉCULOS ANTES DAS APARIÇÕES - 1


Prenúncio do triunfo de Fátima cinco séculos antes das aparições
Prenúncio do triunfo de Fátima

No século XV, 
o Céu revelou a esplêndida vitória de Nossa Senhora de Fátima. 
Assim como a investida do Islã foi esmagada 
em terras lusas na época da fundação de Fátima, os “erros da Rússia” serão vencidos em nossa época.

No remoto dia 16 de outubro de 1454, no Mosteiro de Santa Maria Madalena das religiosas dominicanas de Alba, no sul de Turim, Itália, Soror Filipina agonizava.

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Em torno do leito dessa dominicana de santa vida, tinha-se reunido toda a comunidade religiosa, acompanhando-a com as orações pelos moribundos.

Estavam presentes a abadessa e fundadora do mosteiro, Bem-aventurada Margarida de Saboia, e o confessor das religiosas, Pe. Bellini. 

A Beata Margarida de Saboia, abadessa, foi testemunha
A Beata Margarida de Saboia, abadessa, foi testemunha
Todos eles foram testemunhas do fato extraordinário que então se passou.

Os presentes lavraram um documento que, através de diversas vicissitudes históricas, chegou até nossos dias, endereçado “àquelas pessoas que nos anos futuros lerão estas folhas”. (Il Cervo della Beata Margherita di Savoia, nº 2, 2000, Ano XLVIII, Alba) 

No ano 2000, as próprias dominicanas de Alba publicaram os documentos relativos ao caso.
Os documentos históricos do Convento de Alba são três. Eles fornecem o fundamento deste artigo. 
O documento 1 é uma nota manuscrita, acrescentada a um livro de autoria do Pe. Jacinto Baresio, de 1640. Ocupa quatro páginas não numeradas. É datada de 7 de outubro de 1640. Nela se encontra o essencial da revelação.

Sor Filipina Storgi Primeira e última página do segundo documento
Primeira e última página do segundo documento
O documento 2 consiste num acréscimo ao caderno, que leva a inscrição:1624 – Livro no qual se anotam as Missas, Milagres, ex-votos que acontecem diariamente à Beata Margarita de Sabóia em Alba. É datado de 1655. Começa a partir da página 52, e é escrito com “uma caligrafia alta e clara” por uma religiosa que assina Soror C.R.M. Descreve a mesma revelação. 


O documento 3 consiste em apontamentos da Irmã Lúcia Mantello em 1855. Esta passou brevemente pelo convento e depois tornou-se religiosa salesiana. Ela não conheceu os dois documentos anteriores. Todos os três foram “reencontrados casualmente em 19 de agosto do ano passado [1999]” e publicados em 2000. Cfr. “Il Cervo della Beata Margherita di Savoia”, nº 2, 2000, Ano XLVIII, Alba, Itália.

Prenúncio dos “erros da Rússia” de 1917

“Aconteceu – diz o documento 1 – que durante a agonia ela [Soror Filipina] recebeu do Céu uma magnificíssima visão ou revelação, durante a qual, diante do Padre Bellini, da Abadessa Fundadora e de todas as monjas, manifestou em alta voz coisas ocultas. [...] 


“Raptada por uma alegria celeste, voltando o seu olhar para o alto, saudou nominalmente e em alta voz os celícolas (habitantes do Céu) que lhe vinham ao encontro, ou seja: a Santíssima Senhora do Rosário, Santa Catarina de Siena, o Beato Umberto, o abade Guilherme de Sabóia.

Falava de acontecimentos futuros, prósperos e funestos para a Casa Sabauda, até um tempo, não precisado, de terríveis guerras, do exílio de Umberto de Sabóia em Portugal, de um certo monstro do Oriente, tribulação da humanidade, mas que seria morto por Nossa Senhora do Santo Rosário de Fátima, se todos os homens a tivessem invocado com grande penitência. Depois do que, expirou nos braços da prima, a santa nossa Madre Margarida de Sabóia”.



Surpreendente advertência em 

consonância com Fátima

Sim, em 1454, pouco mais de quatro séculos e meio antes das aparições da Cova da Iria, o Céu desvendou a uma alma de elite o castigo que significaria para o mundo pecador um “monstro do Oriente, tribulação da humanidade”, figura que parece bem encarnar os “erros da Rússia” contra os quais Nossa Senhora advertiu os homens em 1917. 


Além do mais, indicou um sinal da época em que ocorreria a “tribulação”: por ocasião do exílio do rei Umberto II da Itália. Este verificou-se depois da II Guerra Mundial, poucos anos após a Irmã Lúcia tornar público o conteúdo da mensagem revelada em Fátima!

No século XV, a revelação também sublinhava a condição posta por Nossa Senhora em 1917: uma “grande penitência” para o mundo livrar-se do flagelo da “tribulação da humanidade” vinda do Oriente.

Em 1454, como em 1917, o Céu anunciou o triunfo final da Santíssima Virgem. Um dos documentos agora publicados diz que o “monstro do Oriente, tribulação da humanidade”, [...]”seria morto por Nossa Senhora do Santo Rosário de Fátima”.(documento 1) 

Encontramos também a mesma asserção, nos seguintes termos: “Satanás fará uma guerra terrível, porém perderá, porque a Virgem Santíssima Mãe de Deus e do Santíssimo Rosário de Fátima, 'mais forte que um exército em ordem de batalha', vencê-lo-á para sempre”.

Ponte prodigiosa entre o passado e o futuro


Considerando essa visão, inúmeras perguntas afloram ao espírito. Elas são até perplexitantes. 

Cidade de Alba

Que relação haveria entre o mosteiro das dominicanas, na pequena cidade de Alba, e a então desconhecida aldeia de Fátima, numa época de escassas e incertas comunicações? 

Como explicar o fato de a Providência ter comunicado com tanta anterioridade o anúncio da intervenção de Nossa Senhora em Fátima, e, entretanto, ter permitido que só se viesse a conhecê-lo no terceiro milênio?

Lendo com atenção os documentos publicados em 2000, encontramos respostas a essas e outras interrogações. 

Mais ainda. Desponta uma série de acontecimentos históricos, humanos e celestes, que lançam ponte por cima dos séculos. 

Uma ponte que liga: a) a vocação de Portugal, tal qual desabrochava em seus albores; b) os acontecimentos de 1917; c) nossa época; d) o vindouro triunfo do Imaculado Coração de Maria, anunciado em Fátima.

Como se liga essa trama de acontecimentos?

Continua...

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