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Como refutar o argumento protestantes sobre os supostos irmãos de Jesus Cristo.
Para defender a ideia de que Maria tenha tido outros filhos os protestantes costumam citar Lucas 2, 7:
“E deu a luz a seu filho primogênito”.
Contudo, é importante que se considere que a Sagrada Escritura não denota à palavra “primogênito” o mesmo sentido adotado na língua portuguesa em seu contexto moderno.
Na verdade, o termo primogênito – derivado do grego
“prototokos”
– não designa apenas o primeiro filho, ou o primeiro gerado – que literalmente significa
protiktos,
também do grego – mas sim o primogênito no que se refere à herança real ou ao código de realeza.
Fonte: e-mail de Nicélia Pinheiro de 07/09/2013\
Imagem: - Estela Mortuária Egípcia
Podemos comprovar isto em passagens como o Salmo 89, no versículo 27, onde Davi, apesar de ser o filho mais jovem, e tampouco ser o primeiro Rei de Israel, declara que seria nomeado “primogênito” de Israel.
Do mesmo modo, Efraim é também chamado “primogênito” em Jeremias 31, 9, quando sabemos que, na verdade, seu irmão Manassés era o primeiro filho da família – ou primogênito, no sentido vigente da palavra no nosso idioma.
Assim, fica claro que a interpretação equivocada do termo primogênito, não apenas não “des-prova” o argumento protestante, como demonstra um erro básico de exegeses bíblica por parte daqueles que defendem essa visão.
A arqueologia confirma a conotação bíblica do termo primogênito como a mesma adotado no mundo judeu durante a era do Antigo Testamento para a palavra primogênito. Em 1922 foi descoberta no Egito uma inscrição sepulcral datada de 28-1 do ano 5 a.C, onde lê-se sobre uma mulher falecida ao dar a luz ao seu primeiro filho:
“Durante as dores do parto do meu filho primogênito, o destino levou-me ao fim da minha vida ( Michaelis in TWbNT VI, 827)
Aqui, notamos que a palavra primogênito indica apenas o primeiro a romper o ventre e não denota de forma alguma a expectativa do nascimento de outro filho para dar ao já nascido o título de primogênito. Assim, o correto entendimento Bíblico afirma que todo unigênito é também o primogênito, como já afirmado por São Jeronimo.
Leitura relacionada: Jesus tinha irmãos? O que diz a Bíblia?
Fonte: Ecclesia Militans
2 comentários:
Minha primeira participação no Blog do Osvaldo.
Parece que o assunto esta sendo desviado em parte,pondo em evidencia a palavra que foi traduzido para o português como "PRIMOGENITO" ___ “prototokos” /protiktos,
Mas vamos evidenciar outra palavra usada no texto de Mateus 1:25 Porém não teve relações com ela até que a criança nasceu. E José pôs no menino o nome de Jesus.
Em outras traduçoes diz__ So tenho a versao espanhola do texto :Mateus 1:25 Y no la conocía hasta que ella dio a luz un hijo, y le puso por nombre Jesús.
Proponho que o Amigo Osvaldo do faça a EXEGESE do texto baseado na PALAVRA ___NAO A CONHECEU ou NAO TEVE RELAÇÃO SEXUAL com Maria no periodo que ela estava GRAVIDA,mas implica que DEPOIS do nascimento de JESUS o casal teve uma vida CONJUGAL.
Agora Sr Osvaldo ,ponha em evidencia a expressao "não a conheceu até que ela deu a luz a JESUS......
Querido amigo Plínio. Fiquei muito feliz que, ale´m de ter postado aqui, ainda entrou em contato comigo. Como já lhe disse tenho um estudo de um pastor advindo do protestantismo. Vou passar-lhe este estudo:
"Não a conheceu [José] até o dia que ela deu a luz um filho" (Mt 1,25). "Para minha fé pouco importa se Maria (Mãe de Jesus) foi sempre virgem ou não. Não vou deixar de lhe prestar a devida honra e louvor por causa disso. A razão de escrever esta exegese é somente para estabelecer um conceito teológico sobre a virgindade dela e mostrar que esse versículo não mostra de forma alguma que ela teve outros filhos depois de dar à luz Jesus. Não costumo fazer exegese pela Internet (é muito complexo e pode levar a mal-entendidos), mas como seus respeitoso texto exigiu, falarei sobre o versícculo de Mt 1, 25 e para os que estão interessados em se esclarecer, segue abaixo uma resumida exegese do referido versículo. Mateus 1, 25 a) em grego: kai ouk eginôsken autên eôs ou eteken ton uion autês ton prôtotokon kai ekalesen to onoma autou iêsoun (Alan-Nestlé) b) em latim: et non cognoscebat eam, donec peperit filium, et vocavit nomen eius Iesum (Neo-vulgata) c) em inglês: And knew her not till she had brought forth her firstborn son: and he called his name JESUS. (KJV) d) em português: e não a conheceu enquanto ela não (até que ela) deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS (JFAlmeida) Os termos EÔS OU (grego), DONEC (latim), AD KI (hebraico) e TILL (inglês) no contexto acima são traduzidos por ATÉ QUE (português). onde se lê: “E José não a conheceu até que ela deu à luz ...”. Os protestantes concluem erradamente que “conheceu” depois. Ignoram que a expressão "até que" (“éoos óu”, do grego, "ad ki" do hebraico e “donec” do latim) tem um sentido especial em várias passagens da Bíblia em proposições negativas - que é o caso dessa objeção - em que entra a expressão “até que”. Cf. Gên. 3, 19; Deut. 7, 24; 2 Sm. 6, 23; 1 Reis, 5,3; Is. 22, 14; Sab. 10, 14; Sal. 111,8; 70,18. Dois exemplos: “(O justo) não temerá até que (ad ki) veja confundidos os seus inimigos” (Sal. 111,8). Ou seja: Se não temeu antes, não temerá depois. - “Michol não teve filhos até que (ad ki) morreu” (2 Sm. 6, 23); é claro o sentido: nunca teve filhos. O mesmo nos outros exemplos. Assim, em Mt. 1,25 temos, por paridade: E José não a conheceu depois. O sentido exato é: “Ela deu à luz sem que (éoos óu) José a tivesse conhecido”, como nos exemplos acima. É não só a afirmação explícita da concepção virginal de Cristo, é também a afirmação implícita da perpétua virgindade de Maria Santíssima. Ou, ao menos, não se pode concluir nada, em nome da Bíblia, sobre o depois iniciado com o “até que” de Mt. 1, 25. E os protestantes erram outra vez... Nota: Às vezes, edições mais recentes da Bíblia substituem o "até que” por “a fim de que”, “sem que”, “sem”, "enquanto não", ou algo semelhante. Mas o caso é sempre o mesmo. Espero com isso fazer vocês entenderem que exegese não é algo simples de se fazer. Às vezes eu lamento o fato de os protestantes interpretarem um texto bíblico do jeito que lhes convém e lhes agrada sem respeitar as técnicas de hermenêutica e exegese. Essa mania só causa dissensões. Foi o caso recente em que eu vi neste forum um grupo de protestantes discutirem entre si sobre o "batismo de crianças" defendido por um membro da Igreja Metodista - Ninguém se entendia". Texto produzido por um ex-Batista apelidado de "TEÓLOGO CRISTÃO"
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