Os livros deuterocanônicos
estão sobrando ou faltando na Bíblia?
Um dos
temas que muitas vezes chega a sair discussão entre as pessoas da fé católica e
de outras denominações é a alegação de que estaria sobrando livros na Bíblia
Católica na qual eles chamam de "apócrifos". Afinal nossos
“deuterocanônicos” estão sobrando ou faltando livros? Neste simples estudo
iremos expor as respostas adequadas a esta dúvida.
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Fonte: Apologética Siloé
Autor: Ministério Siloé
Mas, quais são estes
livros?
Livro de
Tobias
Livro de
Judite
Complementações
em grego do Livro
de Ester
Complementações
em grego do Livro
de Daniel
Primeiro
livro dos Macabeus
Segundo
livro dos Macabeus
Livro da
Sabedoria
Sirácides
ou Eclesiástico
Livro de
Baruc
Qual é a
origem destes livros? Analisando um pouco da História devemos levar em
consideração que os Judeus NÃO possuíam livros e sim rolos e para eles os
escritos fundamentais em sua leitura e estudos era o Tora, ou seja, os cinco
primeiros livros, assim como é até os dias de hoje. Os judeus também não
possuíam uma compilação dos outros livros santos, além disso, dentro do
Judaísmo não existia um Cânon Escritural, existia sim uma grande disputa sobre
qual seria o cânon correto. O movimento religioso dos Saduceus sustentava que
somente o Pentateuco fazia parte do Cânon das Escrituras enquanto que outros
grupos consideravam também as
Escrituras
dos Nevi'im (Profetas) e a Hagiographa (Livros históricos e didáticos). A
Primeira tentativa de se reunir todos os livros
inspirados foi no Século II ANTES de Cristo na cidade de Alexandria e
segundo a Enciclopédia.Net:
“O nome dos Setenta se deve
a uma tradição judaica, transmitida na Epístola de Aristeas que atribui sua
tradução a 72 sábios judeus (seis de cada tribo) em 72 dias. Esta tradição tem
sua origem na Gematria, uma técnica exegética que dá valores
interpretativas aos nomes onde o 7 equivale
a perfeição. É denominado também como Alexandrina por ter sido feita em
Alexandria e ser usada pelos judeus de língua grega no lugar do texto hebraico.
É a principal versão grega por sua antiguidade e autoridade. Sua redação se
iniciou no Século III aC (ano de 250
aC ) e foi concluída
no final do século II antes de Cristo (ano 150 aC ) “
Esta versão
gozou de grande popularidade em todo o mundo judeu por ser a Primeira Grande
Compilação das Escrituras e por ser escrita em Grego, idioma universal do mundo
da época, mais de trezentas citações das Epístolas de São Paulo e citações do
Antigo Testamento são tiradas desta versão o que indica que foi utilizada pelos
Apóstolos e a Igreja Primitiva.
Até o
momento já vimos três bases:
a) Os
Judeus NÃO tinham um Cânon
Escritural como nós, tinham como canônicas somente o Tora, os demais livros
inspirados NÃO estavam definidos canônicamente.
b) A
primeira tentativa de compilação foi feita em Alexandria no Século III
antes de Cristo e esta versão JAMAIS
foi questionada ou recusada pelo Templo.
c) Esta era
a versão mais conhecida e utilizada no tempo de Jesus e no tempo Apostólico.
Esta era a
situação Escritural na época de Jesus: nas Sinagogas se lia os Rolos da Lei e
para o estudo individual era utilizado a Versão dos Setenta. Depois do
Pentecostes a situação não mudou muito e a Igreja nascente seguiu utilizando em
seus cultos e em seus ensinamentos a versão dos Setenta junto dos Escritos
Apostólicos (ainda sem definição canônica).
Até o ano
70 e depois da destruição de Jerusalém, o Sinédrio junto com o grupo dos
Fariseus (que consideravam um cânon formado pela Lei, os Profetas e as
Escrituras) continuou insistindo e trabalhando em um cânon definitivo já que
tinham à sua frente à chamada “Seita Cristã” com seus livros judeus e suas
novas Escrituras. Assim, no ano de 90 dC o Sinédrio estabelecido em Yamnia
finalmente formou um cânon judeu e teve três regras para sua formação:
1) Deveria
haver uma cópia do livro em questão que indicasse que foi escrito antes do ano 300 aC ( quando a
helenização chegou a Palestina, com os problemas culturais e religiosos
subseqüentes).
2) Que as
cópias fossem escritos em hebraico ou pelo menos em aramaico (menos o grego que
era a língua e cultura invasora e que era utilizada nos escritos cristãos).
3) Que
tivesse uma mensagem considerada como inspirado ou dirigido ao povo de Deus
(Judeu).
Uma das
razões para retirar os livros escritos em grego, que eram em sua maioria Sapienciais
e bem próximos ao início do cristianismo é que "soavam muito cristão".
Este concílio judeu em Yamnia definitivamente NÃO
teve nenhum efeito sobre a Igreja que já havia há vários anos se separado do
judaísmo, este que foi ditado pelo mesmo órgão (e que por sua cegueira
espiritual)
havia crucificado o Messias esperado. A
Aliança, então, foi transferida para a Igreja como Nova Aliança da Graça e os
anciãos de Israel não possuíam nenhuma autoridade sobre a nova Fé. A Igreja
seguiu utilizando como Escritura a antiga Versão dos Setenta. Curiosamente,
fragmentos destes livros retirados da versão hebraica foram encontrados nos
"Pergaminhos do Mar Morto".
Assim
chegamos ao Edito de Milão e o final da perseguição religiosa dos cristãos, até
esta data (313 dC) a Igreja só sobrevivia as perseguições e buscava guardar o
rebanho. Estabelecendo então a Igreja é iniciado os Concílios e começa a se
fixar a Doutrina. Uma das primeiras preocupações da Igreja foi determinar quais
livros eram inspirados e quais não eram, nisso dois Concílios foram
fundamentais. O Concílio de Roma no ano de 382 dC sobre a autoridade do Papa São
Dâmaso nos dá a primeira relação dos livros Canônicos e os livros apócrifos.
Copiamos as Palavras do Santo Concílio de Roma:
II. Também foi dito:
Agora devemos tratar
sobre as Divinas Escrituras, as que são aceitas pela Igreja Católica Universal
e as que se devem recusar.
1. Começa pela ordem do
Antigo Testamento:
Gênesis = 1 Livro
Êxodo = 1 Livro
Levítico = 1 Livro
Números = 1 Livro
Deuteronômio = 1 Livro
Jesus Navé (Josué) = 1
Livro
Juízes = 1 Livro
Rute = 1 Livro
Reis = 4 Livro
Paralipômenos (Crônicas)
= 2 Livro
150 Salmos = 1 Livro
Três livros de Salomão
Provérbios = 1 Livro
Eclesiastes = 1 Livro
Cântico dos Cânticos = 1
Livro
Igualmente, Sabedoria = 1
Livro
Eclesiástico= 1 Livro
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Isaías = 1 Livro
Jeremias, considerado um
livro com Cinoth, quer dizer, suas lamentações = 1 Livro
Ezequiel = 1 Livro
Daniel = 1 Livro
Oséias = 1 Livro
Amós = 1 Livro
Miquéias = 1 Livro
Joel = 1 Livro
Abdias = 1 Livro
Jonas = 1 Livro
Naum = 1 Livro
Habacuc = 1 Livro
Sofonías = 1 Livro
Ageu = 1 Livro
Zacarias = 1 Livro
Malaquias= 1 Livro
Ilustración del Concilio de Nicea. El emperador Constatino, al centro, y los obispos sosteniendo el credo de Nicea-Constantinopla, oración que resumió las bases de la doctrina católica. |
Jó = 1 Livro
Tobias = 1 Livro
Esdras = 2 Livro
Ester = 1 Livro
Judite = 1 Livro
Macabeus = 2 Livro
Quatro livros dos
Evangelhos:
Segundo Mateus = 1 Livro
Segundo Marcos = 1 Livro
Segundo Lucas = 1 Livro
Segundo João = 1 Livro
Igualmente, os Atos dos
Apóstolos = 1 Livro
As epístolas do Apóstolo
Paulo, no número de quatorze:
Aos Romanos = 1 Epístola
Aos Coríntios = 2 Epístola
Aos Efésios = 1 Epístola
Aos Tessalonicenses = 2 Epístola
Aos Gálatas = 1 Epístola
Aos Filipenses = 1 Epístola
Aos Colossenses = 1 Epístola
A Timóteo = 2 Epístola
A Tito = 1 Epístola
A Filemon = 1 Epístola
Aos Hebreus = 1 Epístola
Igualmente, o Apocalipse
de João = 1 Livro
Igualmente, As epístolas
canônicas, em número de sete:
Do Apóstolo Pedro = 2 Epístola
Do Apóstolo Tiago = 1 Epístola
Do
Apóstolo João = 1 Epístola
De outro João, presbítero = 2 Epístola
Do Apóstolo Judas, o Zelote = 1 Epístola
Aqui termina o cânon do
Novo Testamento.
Lista de apócrifos
V. Os demais escritos que
foram compilados ou reconhecidos pelos hereges ou cismáticos, a Igreja Católica
Apostólica Romana não recebe de maneira alguma; destes consideramos correto
citar a continuação de alguns que foram passado de geração em geração e que são
recusados pelos católicos:
Igualmente, a lista de
livros apócrifos:
Em primeiro lugar, o
Concilio de Sirmio, convocado por César Constâncio, filho de Constantino e
presidido pelo Prefeito Tauro, que foi e sempre será condenado;
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Os Atos em nome do
Apóstolo André
Os Atos em nome do
Apóstolo Tomás
Os Atos em nome do
Apóstolo Pedro
Os Atos em nome do
Apóstolo Felipe
O Evangelho em nome de
Matias
O Evangelho em nome de
Barnabé
O Evangelho em nome de
Tiago o menor
O Evangelho em nome de
Pedro
O Evangelho em nome de
Tomás, usado pelos maniqueus
O Evangelho em nome de
Bartolomeu
O Evangelho em nome de
André
Os Evangelhos
falsificados por Luciano
Os Evangelhos
falsificados por Hesiquio
O livro sobre a infância
do Salvador
O livro sobre a
nascimento do Salvador e Maria
O livro do PASTOR DE
HERMAS
Todos os livros feitos
por Leucio, discípulo do diabo
O livro que é chamado A
Fundação
O livro que é chamado O Tesouro
O livro das filhas de
Adão Leptogeneseos (Livro dos Jubileus)
O Sermão sobre Cristo,
colocado nos versos de Virgilio
O livro que é chamado
Atos de Tecla e Paulo
O livro que é chamado de
Nepote
O livro de Proverbios,
escrito por hereges e pré-assinado com o nome de São Sixto
As Revelações que são
chamadas de Paulo
As Revelações que são
chamadas de Tomás
As Revelações que são
chamada de Estevão
O livro que é chamado
Assunção de Santa Maria
O livro que é chamado
Penitência de Adão
O livro sobre Gog, o
gigante que lutou contra o dragão depois do dilúvio, segundo afirmam os hereges
O livro que é chamado
Testamento de Jó
O livro que é chamado
Penitência de Orígenes
O livro que é chamado
Penitência de São Cipriano
O livro que é chamado
Penitência de Jamne e Mambre
O livro que é chamado
Sorte dos Apóstolos
O livro que é chamado
Louvores dos Apóstolos
O livro que é chamado
Cânones dos Apóstolos
O livro O Fisiólogo,
escrito por hereges e pré-assinado com nome de bem-aventurado Ambrósio
As Histórias de Eusébio
Pánfilo
As obras de Tertuliano
As obras de Lactancio,
também conhecido como Firmiano
As obras de Africano
As obras de Postumiano e
Gallo
As obras de Montano,
Priscila e Maximila
As obras de Fausto, o
maniqueu
As obras de Comodiano
As obras do outro
Clemente, de Alexandria
As obras de Tascio
Cipriano
As obras de Arnobio
As obras de Ticônio
As obras de Cassiano,
sacerdote de Galia
As obras de Victorino de
Petabio
As obras de Fausto,
regente de Galia
As obras de Frumêncio o
cego
A Epístola de Jesus a
Abgaro
A Epístola de Abgaro a
Jesus
A Paixão de Quiricio e
Julita
A Paixão de Jorge
Os escritos que são
chamados Interdito de Salomão
Todas os escritos que
foram compostos, em nome dos anjos como alguns acham, mas no nome dos maiores
demônios
Estes e outros escritos
similares como os de Simão o Mago, Nicolás, Cerinto, Marcião, Basílides, Ebion,
Paulo de Samosata, Fotino e Bonoso que adoeceram de erros similares, também
Montano com seus seguidores obscenos, Apolinaro, Valentino o maniqueu , Fausto
Africano, Sabelio, Arrio, Macedonio, Eunomio, Novato, Sabacio, Calisto, Donato,
Eustacio, Joviano, Pelagio, Juliano de
Eclana, Celestio, Maximiano, Prisciliano da Espanha, Nestório de
Constantinopla, Máximo Cínico, Lampecio, Dióscoro, Eutiques, Pedro e o outro
Pedro, um que desgraçou Alexandria e o outro Antioquía, Acacio de
Constantinopla e seus partidários e todos os discípulos da heresia e dos
hereges e os cismáticos, cujos nomes apenas foram preservados, que ensinaram ou
escreveram, e não são somente repudiados por toda a Igreja Católica Apostólica
Romana, mas que devem ser removidos os autores e seus seguidores, e condenados
com o indissolúvel vínculo de anátema eterno.
Fragmento do código de Muratori - última página conforme publicado pela Tregelles 1868 |
No final do
século II d.C. já existia em Roma um cânon o ‘fragmento de Muratori’, documento
que contêm a lista dos livros do Novo Testamento que a Igreja de Roma
considerava e aceitava como inspirados.
Mais tarde
o Concilio de Cartago (397) vai
determinar com a presença de Santo AGOSTINHO entre outros grandes Padres o
Cânon das Escrituras e este Concilio define em seu Cânon 186, 36
“Fora as Escrituras
canônicas, nada deve ser lido na Igreja sob o nome de Escrituras divinas, Pois
bem, as Escrituras canônicas são:
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Jesus Navé, Juízes, Rute,
quatro livros dos Reis, dois livros dos Paralipômenos, Jó, Psaltério de David,
Cinco livros de Salomão, doze livros dos profetas, Isaías, Jeremias, Daniel,
Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros dos Macabeus. Do Novo Testamento:
Quatro livros dos Evangelhos, um livro dos Atos dos Apóstolos, treze Epístolas
de Paulo Apóstolo, do mesmo uma aos Hebreus, dois de Pedro, três de João , uma
de Tiago, uma de Judas, Apocalipse de João. Sobre a confirmação deste cânon
consulte-se a Igreja transmarina. Seja lícito também ler as paixões dos
mártires, quando se celebram seus aniversários.”
Neste
Concilio é selado o Cânon do Novo Testamento com seus 27 livros tal como o
conhecemos hoje e são separados definitivamente dos livros Apócrifos
Seguindo a
Regra de ser aceitos somente os livros que:
1) Tivessem origem Apostólica
2) Fossem utilizadas na Liturgia desde o
século I
3) Não contivessem heresias
Para isso
foi utilizada a informação passada pela TRADIÇÂO
DA IGREJA
Junto com estes
livros foi confirmada com a mesma autoridade a Versão dos Setenta como Versão
Canônica do Antigo Testamento, nome que foi dado a partir deste Concilio para
esta versão da Antiga Lei.
Este
Concílio é referendado pelo Papa Silício e com São Jerônimo é iniciado a
monumental obra da tradução das Escrituras do Grego ao Latim, trabalho que
levou 40 anos de reclusão em uma caverna na Santa Gruta de Belém.
São
Jerônimo (342-420 d.C.) fez a tradução das Escrituras judaicas do hebraico ao
latim e excluiu os livros escritos em grego como não canônicos; contra isso
Santo Agostinho se opôs e ratificou a importância dos livros escritos em grego no Concílio
de Hipona (393). A decisão de Jerônimo foi recusada pelos concílios e ele
aceitou a decisão outorgada pelos concílios.
A partir do
século IV a Igreja introduz o termo “cânon”, para indicar com ela a clausura
física do conjunto de livros integrada pelo Antigo Testamento e o Novo
Testamento. Assim é declarado que a Biblia, por ser inspirada por Deus, é
normativa no âmbito de doutrina e da fé.
E assim a
Escritura começou a viver e dar frutos na Igreja Católica por 1120 anos até a
fatídica data de 1517 quando com um papel cravado nas portas de uma Igreja
causou a ruptura de dezesseis séculos de Cristianismo.
Com a
Reforma do Sacerdote Agostiniano Martinho Lutero é iniciado uma nova etapa no
Cristianismo que foi mais do que uma
“Reforma” foi uma demolição da Fé dos Apóstolos baseada no critério de um ou vários homens (os reformadores). Uma das primeiras conseqüências sofrida é na Bíblia. Rapidamente Lutero dá-se o trabalho de Reformar as Escrituras baseado em seus conceitos do que entendia por correto.
Martinho
Lutero e outros Reformistas decidiram tentar remover os livros que faziam parte
da Escritura Cristã desde os primórdios tais como Apocalipse e Tiago nas quais
ele recusava como podemos ler em seus escritos:
"... A
Epístola de Tiago é uma epístola cheia de palha, porque não contêm nada
evangélico." "Prefacio ao Novo Testamento" de Lutero.
“... Ao meu
parecer [o Livro das Revelações ou Apocalipse] não tem nenhum indício de
caráter apostólico ou profético... Cada um pode formar sua própria opinião sobre
este livro; pessoalmente tenho antipatia, e para mim isso é razão suficiente
para recusá-lo." Sammtliche Werke, 63, pp. 169-170.
(Muitos
Protestantes que baseiam suas Doutrinas no Apocalipse não sabem que quase o
perderam, pois Lutero tentou retirar das Escrituras o Apocalipse, A Carta aos
Hebreus e a Epístola de Tiago entre outros)
Martinho
Lutero em um ataque de soberba e desprezando as decisões do Concilio de Roma e
de Cartago acatou as decisões do Concilio Judeu de Yannia, aceitando o Cânon
Judaico do ano 90 dC sem os sete livros escritos em Grego e assim a Bíblia
Protestante continua até os DIAS de hoje. É por isso que NÃO NOS SOBRAM livros, já que estavam por mais de 1800 anos juntos
e no Século XVI foram removidos, e são os que FALTAM para a Igreja
Protestante.
Atualmente
existem muitas provas de que estes Livros estiveram junto ao povo judeu e eram
utilizados por eles, algumas delas são:
a) Os
manuscritos mais antigos do Antigo Testamento (mil anos) contêm os
Deuterocanônicos. Com excessão da ausência de Macabeus no Codex Vaticanus, o
mais antigo texto grego do Antigo Testamento, TODOS OS DEMAIS manuscritos contêm os sete livros.
Qumran |
c) Os
judeus apesar de não aceitarem religiosamente os livros Deuterocanônicos os
aceitam historicamente ao celebrar
festas que só são mencionados nestes livros, entre eles o Purin que é
mencionado no Livro de Ester e o Hanuká que é mencionado no Livro dos Macabeus
No começo
da Reforma nossa versão Bíblica não foi alvo ataques como podemos ver:
a) Martinho
Lutero em seu Comentário sobre São João disse: "Somos obrigados a admitir
dos Papistas que eles tem a Palavra de Deus, que a recebemos deles e que sem
eles não teríamos nenhum conhecimento dela". Esta Igreja pronunciou que
TODOS os 73 livros que compõe o Antigo e Novo Testamento são revelação.
b) Em 1615
o arcebispo anglicano de Canteburry proclamou uma lei que punia com castigo de
um ano de cárcere à qualquer pessoa que publicasse a Bíblia sem os sete livros
deuterocanônicos, já que a própria versão original da King James os tinha.
Portanto
querido irmão como dissemos “não nos sobram livros, a eles é que faltam"
já que por um ato pessoal e sem nenhuma base, estes livros foram retirados
depois de 1200 anos de permanência. Estes livros:
a) Foram
aceitos pelos Apóstolos e utilizados em seus Evangelhos e Epístolas
b) Foram
aceitos pela Igreja Pós-Pentecostes e por toda a Igreja Primitiva
c) Foram
proclamados CANÔNICOS ao mesmo Tempo e pela mesma autoridade que os 27 Livros
do Novo Testamento.
Martinho
Lutero os retirou em:
a) Um ato
unitário e arbitrário
b) Sem
consultar a Igreja e nem a um Concilio
c) Sem
levar em consideração os aspectos históricos da permanência destes livros na
Igreja
d) Aceitou
a decisão de um Concílio Judeu que NÃO
tinha nenhuma autoridade sobre os cristãos, não foi um Concilio Cristão
dirigido pelo Espírito Santo.
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Não se pode
desprezar parte da obra de um Concílio e aceitar outra. Um Concílio é aceito ou
recusado por inteiro, pois bem, a mesma autoridade que formou o Cânon do Novo
Testamento formou também o Cânon do Antigo Testamento, NÂO se pode aceitar os 27 livros do Novo Testamento e desprezar a
versão dos Setenta. Oras, se a Igreja se equivocou ao definir como
canônico a Versão dos Setenta então os
27 livros do Novo Testamento também definidos pela Igreja estariam expostos a
um equívoco e se estes 27 livros são duvidosos, vã é nossa fé. Duvidar da
Igreja é duvidar das Escrituras. A quem você escuta?
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