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quarta-feira, 31 de julho de 2013

EX-EVANGÉLICO EXPLICA PORQUE RETORNOU AO CATOLICISMO


Não creio que um dia tenham sido católicos os que depõem seus falsos testemunhos dizendo que encontraram a salvação em alguma “igreja evangélica”, porque os verdadeiros católicos já encontraram Jesus e a Salvação na Igreja que Ele mesmo nos deu, e não podem abandonar a Comunhão com Deus, seu Criador e Salvador, a não ser que nunca tenham comungado, de fato, com o Senhor Jesus Cristo. 


Testemunho de André Silva
Originalmente publicado por Voz da Igreja.....

 
Eu, que por muitos anos frequentei igrejas evangélicas de diversas denominações, e por muito tempo fui enganado e explorado pelos seus pastores, dedico este testemunho a todos aqueles que se declaram “ex-católicos”, sem nunca terem sido católicos de fato, mas sobem aos púlpitos protestantes “evangélicos”, que eles, por pura ignorância, chamam de “altar” – Se não há sacrifício não é e nem pode ser altar: só existe Altar na Igreja Católica -  para induzirem ao erro seus irmãos mais ingênuos.
Não creio que um dia tenham sido católicos os que depõem seus falsos testemunhos dizendo que encontraram a salvação em alguma “igreja evangélica”, porque os verdadeiros católicos já encontraram Jesus e a Salvação na Igreja que Ele mesmo nos deu, e não podem abandonar a Comunhão com Deus, seu Criador e Salvador, a não ser que nunca tenham comungado, de fato, com o Senhor Jesus Cristo. 

Enumero abaixo Algumas razões porque deixei o protestantismo e retornei à primeira e única Igreja de Jesus Cristo.
1) O princípio “só a Bíblia” (Sola Scriptura)
Nada mais falso do que esse princípio. Os cristãos do primeiro século não dispunham de Bíblia. E nem os cristãos dos séculos seguintes. Na verdade, os cristãos só puderam contar com a Bíblia para consulta, como hoje, muitos anos depois da invenção da imprensa, que só aconteceu no ano de 1455. Então, será que o Senhor Jesus esperaria mais de um milênio e meio para revelar sua verdadeira doutrina para o mundo? Se assim fosse, Ele teria mentido, pois disse, antes de sua ascensão aos céus, que estaria com a sua Igreja até o fim do mundo (conf. Mateus 28, 19-20).
Além disso, para que a Bíblia fosse a única fonte de revelação, seria no mínimo necessário que ela mesmo se proclamasse assim; e não é o caso, pelo contrário. A Bíblia diz que a Igreja é a coluna e o sustentáculo da verdade (1 Tim 3, 15), e não as Escrituras. Nela, Jesus Cristo diz ainda: “Vocês examinam as Escrituras, buscando nelas a vida eterna. Pois elas testemunham de Mim, e vocês não querem vir a Mim, para que tenham a Vida!”(João 5, 39-40).
Sim, a Bíblia diz que as Escrituras são ÚTEIS para instruir, mas nunca diz, em versículo algum, que somente elas instruem, ou que só o que as Escrituras dizem é que vale como base para a fé. Isso é uma invenção humana sem nenhum fundamento. E a Bíblia também diz que devemos guardar a Tradição (conf. 2 Tessalonicenses 2, 15 e 2 Tessalonicenses 3, 6, entre outros).
Contrariando a Bíblia, os “evangélicos” rejeitam a Tradição

2) O princípio “Só a fé salva”
A mesma Bíblia ensina que a fé sem obras é morta, na Epístola de Tiago (2, 14-26). A mesma Bíblia ensina que o cristão deve perseverar até o fim para ser salvo (Mt 24, 13). E ainda acrescenta que seremos julgados, todos, por nossas ações boas ou más. Existem várias passagens que dão conta de um julgamento futuro e, sendo assim, é falso que alguém aqui na terra já esteja salvo só porque “aceitou Jesus”. Não basta ir à frente de uma assembleia e dizer “Aceito Jesus como meu Senhor e Salvador” para ganhar o Céu. Não, não! É preciso muito mais do que isso. Conversão não é da boca para fora: é preciso que cada um tome a sua cruz e siga o Senhor, que, aliás, nunca prometeu prosperidade para quem o seguisse.
Portanto, é totalmente mentirosa a afirmação de que basta ter fé para ser salvo. Ora, os demônios também creem (Tiago 2, 19)…
3) Lutero
Foi Martinho Lutero quem começou com as “igrejas” protestantes, que deram origem às “igrejas evangélicas” de hoje. Mas o que ele pensava é seguido apenas em parte pelos “evangélicos” de hoje. Eles seguem somente os princípios “Só a Bíblia” e “Só a Fé”. Embora Lutero seja o fundador de todas as igrejas evangélicas que existem hoje, por que não são todos luteranos? Na verdade, isso seria bem menos pior…
Por outro lado, se reconhecem que Lutero é um homem falível, como é possível a um “evangélico” ter tanta certeza de que os princípios que ele inventou sejam dignos de confiança absoluta? Mais do que o que ensina a única Igreja que tem 2.000 anos e foi instituída diretamente por Jesus Cristo?
Mais: o próprio Lutero contestou o Papa e decretou que não se deve confiar num sacerdote. Mas ele mesmo era um sacerdote católico. Então, se ele mesmo se descarta como pessoa confiável, quem é tolo o suficiente para dar crédito ao que ele disse ou escreveu?
4) Subjetivismo religioso I
Uma denominação evangélica não é igual a outra em matéria de fé. Isso é fato, pois:

Umas batizam crianças, outras não;

Umas admitem o divórcio, outras o repudiam;

Umas aceitam mulheres como “pastoras”, outras não;

Umas praticam a “santa ceia”, outras não;

Umas ensinam que devemos guardar o sábado, outras não;

Algumas ensinam a teologia da prosperidade, outras a repudiam;

Por aí vai… Tem “bispo evangélico” por aí, defendendo até o aborto, só porque a Igreja Católica é (claro) contra! É comum ouvirmos frases como estas: “Nesta ‘igreja’ está o verdadeiro caminho”, ou “Deus levantou este ministério” ou ainda “a tua vitória está aqui”. Mais comum ainda é os “pastores” dizerem que as igrejas deles são “ungidas”… Ora, se todas essas igrejas ditas “evangélicas” são tão diferentes entre si, e a Verdade é uma só, como é possível um “evangélico” ter certeza que está na caminho certo, ou que o seu “pastor” está pregando a “Verdade”, se existem tantos outros “pastores” (que também dizem seguir a Bíblia e afirmam que são “ungidos”) que discordam dele?
5) Subjetivismo religioso II
Cada “crente” pode interpretar a Bíblia do jeito que quiser, segundo a tese protestante de Lutero. Mas todos nós sabemos que um “crente” não concorda com outro em todas as coisas. Muitas vezes divergem entre si mais do que convergem. Se cada qual interpreta a Bíblia do seu jeito, e nem poderia ser diferente, então, como é possível um “evangélico” ter a certeza de que está certo na sua interpretação? E por quê, meu Deus, por quê apenas a interpretação da Igreja Católica é que está totalmente errada, em tudo? 

Essa é a mais cruel de todas as incoerências das “igrejas” ditas “evangélicas”: praticamente todas elas se reservam o direito de criticar umas às outras, mas todas são unânimes em criticar a Igreja Católica! O mais incrível é não perceberem que, agindo assim, estão cumprindo as profecias bíblicas do próprio Senhor Jesus Cristo: “Sereis odiados de todos por causa do meu Nome” (Lucas 21, 17); “Bem aventurados sereis quando, mentindo, disserem toda espécie de mal contra vós, por amor ao meu Nome” (Mateus 5, 11-12)…
Os pastores se ajoelham e se prostram diante de réplicas da Arca da Antiga Aliança, mas eles não chamam esses pastores de “idólatras”. Só os católicos são chamados assim. Eles idolatram até lencinhos embebidos no suor de alguns pastores mas não acham que isso é idolatria… Em algumas denominações, acontece a distribuição de lembrancinhas, sabonetinhos para espantar “olho gordo”, vidrinhos de óleo “ungido”, “rosas consagradas”, etc, etc… Mas nada disso, para eles, é idolatria. Somente os católicos é que são idólatras.

Todos pensam assim, porque todos sofreram a mesma lavagem cerebral, que é muito difícil de reverter.
6) Subjetivismo religioso III
A interpretação pessoal da Bíblia por cada “crente” e “pastor” afronta claramente a Bíblia. De acordo com a santa Palavra de Deus, interpretação alguma é de caráter individual. Examinar a Bíblia não é o mesmo que interpretá-la. Posso examinar uma pessoa e lhe informar que encontrei uma mancha na sua pele. Mas o diagnóstico deve ser feito pelo médico, e não por mim, que sou leigo.
7) “Igreja não importa” e “igreja não salva”…
Todo “crente” diz em alto e bom som: “Igreja não salva ninguém”. Ora, se igreja não salva ninguém e cada um pode interpretar a Bíblia pessoalmente, para quê frequentar alguma denominação? Quando ocorre algum escândalo envolvendo algum “pastor”, o crente também diz: “Olha para Jesus e não para o pregador”. Mas se o pregador ensina tolices e princípios contrários ao verdadeiro cristianismo, por que eu deveria ouvir o que ele diz? Não é possível “olhar para Jesus” assim. Pelo contrário, isso só vai colocar em risco a minha alma! Se cada crente pode interpretar pessoalmente a Bíblia, se “igreja” não salva ninguém e o pastor não é confiável (ele é só um homem falível), então por que os “evangélicos” continuam dando tanto crédito aos pregadores?
8) Evangelização ou PROSELITISMO ?
E se cada um de fato pode interpretar a Bíblia a partir da sua leitura pessoal, que conta com a assistência do Espírito Santo, por que ao invés de pregar não se imprimem Bíblias e se distribui à população? Ora, se basta ter fé para ser salvo e se cada um pode ser o próprio intérprete da Bíblia, para que servem as denominações, os cultos, os “pastores”, as pregações, livros, CDs e DVDs? Ao invés dos milhões em dízimos e ofertas, que sustentam toda uma estrutura que é desnecessária (afinal todos os que crerem já estão salvos…), por que não reunir esses recursos e construir gráficas e mais gráficas para a impressão de Bíblias e distribuí-las para todos aqueles que não conhecem Jesus?
Eu digo porquê: porque os “pastores” se encarregam de passar a sua interpretação pessoal da Bíblia aos ingênuos que os seguem. E essa interpretação é deturpada e não tem nada a ver com a Mensagem original nos Evangelhos. Os “evangélicos” pensam que entendem a Bíblia, mas na verdade tudo o que eles conhecem é a interpretação pessoal deste ou daquele “pastor”.
Se nem o pregador é digno de confiança, razão pela qual o crente deve confrontar o seu entendimento pessoal da Palavra com a pregação do palestrante, por que razão alguém deveria dar crédito a um desconhecido que lhe vem falar como porta-voz de Jesus?
9) Interpretação bíblica
Agora, se cada um pode interpretar a Bíblia e se todas as interpretações estão corretas, mesmo que sejam todas diferentes entre si, por quê só a interpretação católica está errada? A Bíblia só pode ser interpretada se a pessoa está sob o rótulo de “evangélico”? Nesse caso, o que salva não é a fé, é o rótulo. E se for assim, ao contrário do que eles afirmam, a placa da igreja ou o rótulo de “evangélico” é que salva.
Pela visão protestante, milhares e milhares de denominações estão corretas nas suas interpretações bíblicas, mesmo que sejam diferentes entre si. Todas elas estão certas e apenas uma está errada, que seria a Igreja Católica. Justamente a primeira igreja que existiu é que não conta com a assistência do Espírito Santo. Nesse caso, Jesus mentiu quando disse que os portais do inferno não prevaleceriam contra a Igreja (Mat 16, 18), pois o inferno teria triunfado contra a Igreja Católica, e também quando disse que estaria com a sua Igreja até o fim do mundo: ele só se faz presente para quem carrega o rótulo de “evangélico”…
10) O Pai Nosso
A oração é bíblica. Foi ensinada pelo Senhor Jesus. O “evangélico” a repudia. Por quê?

Para não parecer católico!
O “crente” jura defender a Bíblia, mas é o primeiro a não obedecê-la…Ele decidiu que não irá recitar o Pai Nosso e fim de papo. E pior. Quem o faz está errado, ainda que esteja obedecendo à Bíblia. O crente se acha melhor do que Jesus. Jesus fez a oração do Pai Nosso, mas o “evangélico” não tem que fazê-la…
11) Maria
Isabel, que ficou cheia do Espírito Santo com a visita de Maria, chamou-a de “mãe do meu Senhor”. O crente a chama de “mulher como outra qualquer”…
Isabel, recebeu o Espírito Santo com a chegada de Maria, grávida de Jesus Cristo, Deus Todo-Poderoso. O “evangélico” fica cheio de ira quando se menciona o nome de Maria…
João Batista estremece no ventre de Isabel ao ouvir a voz de Maria. O crente se enfurece quando ouve o nome Maria…
A Bíblia diz que Maria será chamada de bem aventurada por toda as gerações. O crente a chama de mulher pecadora como qualquer outra.
O protestante rasga os Textos Sagrados. E jura defender a Bíblia. Seguem o que querem e desprezam o que não lhes interessa!
12) Confissão
A Bíblia é clara: aos Apóstolos foi dado o poder de reter e perdoar pecados (Lucas 20, 21-23). Como é possível reter ou perdoar se alguém não lhes confessa? Desnecessário falar mais a respeito.
13) Fundação de “igrejas”
A Bíblia não faz qualquer referência à milhares de “igrejas” diferentes e separadas, mundo afora. Mas para fundarem suas denominações, os “evangélicos” não fazem questão da tal da base bíblica de que tanto falam. A Bíblia diz que devemos ser um só corpo. Eles fazem o contrário. Dividem-se, subdividem-se, de novo e de novo. Se uma igreja não está agradando, procuram outra mais ao seu gosto, e os mais espertos fundam as suas próprias igrejas, do jeito que acham mais certo (ou do jeito que dá mais lucro, em muitos casos), segundo sua própria interpretação da Bíblia. E todos dizem que estão sendo guiados por Deus. Existe um Deus ou muitos deuses? Se é um só Deus, como tantas igrejas podem ensinar coisas diferentes, e todas estão certas, menos a católica?
Eles fragmentam o Corpo e pulverizam a mensagem do Evangelho.
Fazem o contrário do que o Senhor ordenou! Basta um crente discordar do outro, – e isso é a coisa mais fácil de acontecer, – que já surge uma nova denominação. Seus líderes podem ter “visões” para fundarem novas denominações. Mas somente as revelações católicas aprovadas pela Santa Igreja é que são refutadas…
O crente acredita no que deseja. E rejeita tudo que é católico. Sempre dois pesos e duas medidas.
O pastor falou que teve uma visão e todo mundo engole. Nessa hora o “biblicamente” ou “a Palavra de Deus” não tem qualquer importância.

POSTAGEM SEGUINTE Mas quanto de Lutero o protestante comum lê durante sua vida? Ou mesmo a média clériga protestante? Seguramente não muito, porque se as pessoas realmente soubessem o que Lutero pensava e ensinava, ficariam horrorizadas..

POSTAGEM ANTERIOR -  "... em tempos mais recentes, pela vontade de Deus, nos foi legado por eles nas Escrituras, para que sejam o fundamento e pilar de nossa fé” (...). RESPOSTA: Deveria mencionar livro, capítulo e subdivisões, para que pudéssemos examinar o contexto em que isto foi escrito.


terça-feira, 30 de julho de 2013

BÍBLIA - FUNDAMENTO E PILAR DA NOSSA FÉ


EVANGÉLICO - "A tradição é boa quando confirma a escrita, (...) Irineu; “De nada mais temos aprendido o plano de nossa salvação, senão daqueles através de quem o evangelho nos chegou, o qual eles pregaram inicialmente em público, e, em tempos mais recentes, pela vontade de Deus, nos foi legado por eles nas Escrituras, para que sejam o fundamento e pilar de nossa fé” (...).


"ÚNICO (???) fundamento e pilar de nossa fé" -
"Contra as 
Heresias"
 de Ireneu Livro III,
Capítulo 1.1. 
Deveria mencionar livro, capítulo e subdivisões, para que pudéssemos examinar o contexto em que isto foi escrito. 

Não obstante, fui atrás e encontrei a passagem em destaque acima em "Contra as Heresias" de Ireneu no Livro III, Capítulo 1.1. 

CATÓLICOS E EVANGÉLICOS, PRESTEM BEM ATENÇÃO. Assim como o texto bíblico assacado por nossos irmãozinhos protestantes que diz: "Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça" (*) também em seu livro Santo Irineu não diz que "as Escrituras, são o "ÚNICOfundamento e pilar da nossa fé". 

Veja, caríssimo leitor, que em ambos textos não aparece o termo "ÚNICO" ou seu equivalente. O que está escrito em sequência, mostra que Santo Ireneu não somente  não afirmou que as Escrituras são o "único fundamento e pilar de nossa fé", como mostra que a verdade nos foi transmitida pela tradição  que pode ser encontrada em toda a Igreja:

2.1 -  "Quando [os hereges] são vencidos  pelos argumentos tirados das Escrituras retorcem a acusação contra as próprias Escrituras, dizendo que é texto corrompido, que não tem autoridade, que se serve de expressões equívocas e que não podem encontrar a verdade nele os que desconhecem a TRADIÇÃO. Com efeito - dizem eles - a verdade não foi transmitida por escrito, mas por viva voz, o que levou Paulo a dizer: 'É a sabedoria que pregamos entre os perfeitos, não, porém, uma sabedoria deste século' "... 

(................................................)

3.1 - Portanto, a TRADIÇÃO DOS APÓSTOLOS que foi manifestada no mundo inteiro, pode ser descoberta em TODA IGREJA por todos os que queiram ver a verdade. Poderíamos enumerar aqui os bispos que foram estabelecidos nas igrejas pelos apóstolos e os seus sucessores até nós.(...)".
___
(*) (II Tm 3,16-17)

POSTAGEM SEGUINTE - Não creio que um dia tenham sido católicos os que depõem seus falsos testemunhos dizendo que encontraram a salvação em alguma “igreja evangélica”, porque os verdadeiros...






POSTAGEM ANTERIOR - "Uma só é a minha pomba, a minha perfeita, única filha da sua mãe e sem igual para a sua progenitora" (Cânt 6,9). Aquele que não guarda esta unidade poderá pensar que ainda guarda a fé?  (CIPRIANO - A UNIDADE DA IGREJA CATÓLICA)


domingo, 28 de julho de 2013

DEFENDENDO-SE CONTRA O ASSÉDIO DOS EVANGÉLICOS

O Espírito Santo, falando na pessoa do Senhor, designa esta Igreja única quando diz no Cântico dos Cânticos: "Uma só é a minha pomba, a minha perfeita, única filha da sua mãe e sem igual para a sua progenitora" (Cânt 6,9). Aquele que não guarda esta unidade poderá pensar que ainda guarda a fé? Aquele que resiste e faz oposição à Igreja poderá confiar que ainda está na Igreja? (CIPRIANO - A UNIDADE DA IGREJA CATÓLICA)

O assédio das seitas evangélicas aos Católicos que não estudam a doutrina da Santa Igreja


O artigo abaixo é de autoria de: V.De Carvalho com a colaboração de A.Silva – O qual o Blog Igreja Militante tem o prazer de reproduzir à pedido dos autores. Fonte: ECLESIA MILITANS

O contexto abaixo destina-se aos católicos para que estejam preparados para os ataques constantes de maus protestantes aos dogmas e confissões de fé da Santa Igreja. Lembramos que nem todos os protestantes observam o catolicismo com hostilidade e não poucos fiéis e pregadores realizam boas obras e assumem compromissos sólidos com a palavra de DEUS. Abaixo, conforme já disse, apresento uma espécie de sugestões que visam afugentar membros de denominações que se dizem protestantes, as quais insistem em polêmicas e que visam atacar dogmas de fé e preceitos católicos. Reconheço que é direito de todo e qualquer cidadão exercer livremente sua fé e até mesmo propagá-la, desde que tal empenho não venha demandar qualquer ato de violência ou grave ameaça. Repudio toda e qualquer forma de discriminação religiosa... .A abordagem de um protestante a um católico desinformado sobre a Santa Igreja inicia-se geralmente da seguinte maneira:

Protestante: “Posso falar um minutinho com o senhor ?”

Católico: “Sim”

Protestante: “O Senhor crê em DEUS ?”


Católico: “Sim”


Protestante: “O senhor crê na Bíblia ?”


Católico: “Sim”



ARQUEOLOGIA - VERDADES FORA DA BÍBLIA
Protestante: “O senhor concorda que a Bíblia é a verdade ?”. Nesse ponto o católico será doutrinado e muitas vezes convencido. A resposta do católico à pergunta do protestante, naturalmente, é sim. Lógico que o católico crê na Bíblia. Então o protestante diz, por exemplo: 

“O senhor diz crer na bíblia. Portanto, o senhor concorda que tudo aquilo que está fora da Bíblia não deve merecer crédito ?” 

Resposta de um católico sem instrução: “Sim. O que está fora da Bíblia tem que ser rejeitado.” 

O católico está pronto para questionar a fé católica e o magistério da Santa Igreja.

Prossegue o protestante: “O senhor poderia me mostrar pela Bíblia onde está escrito que Maria é medianeira ?” Ou então: “O senhor poderia me mostrar na Bíblia onde está escrito que Maria foi assunta ao céu ?”


O católico não instruído e que concordou com o protestante começa a se enrolar. A resposta católica à pergunta protestante deveria ser: Católico: 

“Creio sim na Bíblia. Creio tanto que sigo o magistério da Igreja, coluna e sustentáculo da verdade. E dessa forma, não questiono seus dogmas e confissões de fé. Não duvido, não divido e não careço de provas. Creio de todo o meu coração.” E o católico deveria perguntar ao protestante: “Onde está na sua Bíblia que própria Bíblia é a única fonte de revelação ?”
Infelizmente, grande parte dos católicos desconhece que o depósito integral da fé católica constitui-se de Sagradas Escrituras,Tradição Apostólica e o Magistério da Igreja. Por isso o católico acaba por aceitar os argumentos protestantes. 

Não estamos obrigados a provar nada pela Bíblia. São os protestantes que estão obrigados. Foram eles que acataram as heresias de Lutero homem.

O fato é que sempre que se parte de premissas falsas, chega-se a conclusões igualmente falsas. 

A Bíblia não se auto define como única fonte de revelação. 

Este é um questionamento que o protestante não faz a si mesmo. Quem lhe dá certeza de que a Bíblia é a única fonte de revelação se ela nada fala a respeito de si própria como tal ? Em verdade, o protestante copia a doutrina de Lutero. Lutero homem, portanto, falho.
Outra pergunta que um católico poderia fazer ao protestante é: 


A BÍBLIA DOS MÓRMONS INVENTADA PELO FALSO PROFETA
JOSEPH SMITH
“Onde está na sua Bíblia a relação dos livros inspirados ?” 

Ora, se a Bíblia nada fala a respeito dos livros inspirados, só é possível ao protestante crer na Bíblia se vier aceitar a autoridade católica, já que foi a Santa Igreja que compilou e definiu todos os textos e livros. O que Lutero homem, adúltero e bêbado fez, foi retirar livros e distorcer tantos outros. Eis a Bíblia protestante !
Como o protestante pode ter certeza se os livros que consulta são aqueles que foram inspirados se a Bíblia nada fala a respeito dos livros inspirados ? Para provar que sua Bíblia é a Bíblia correta, o protestante necessariamente terá que sair da Bíblia e crer em homens. Na prática, quando o protestante “provar” que a sua Bíblia é a Bíblia correta, estará em verdade dizendo que nem tudo está na Bíblia, pois a sua “veracidade” só poderá ser demonstrada fora da Bíblia que nada diz respeito sobre ser única fonte de revelação ou sobre os livros inspirados.
O protestantismo é contraditório em si mesmo. Algumas sugestões práticas podem ajudar aos católicos a inibirem o proselitismo protestante. Vejamos alguns exemplos:
Sabemos que a Bíblia não é contraditória em ponto algum e portanto, não seria possível que a mesma se auto definisse como única fonte de revelação e ao mesmo tempo instruísse os cristãos a seguirem o magistério da Igreja. Faça como eles. Peça o texto bíblico que define a Bíblia como única fonte de revelação. Certamente eles não encontrarão o texto e então o católico poderá dizer-lhe: “A Igreja e somente a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade. Sem a Igreja a verdade não se sustenta.”

Quando um protestante disser, por exemplo, que crianças não devem ser batizadas, pergunte onde está escrito na Bíblia que não se deve batizar crianças e que todos só devem ser batizados quando tiverem “entendimento” ou quando decidirem levantar o dedo e “aceitar Jesus” em algum templo protestante? Pergunte logo a seguir por que ele não recita o pai nosso que está na bíblia e que Jesus professou ? E peça sempre os textos bíblicos.
Quando o protestante começar a citar dogmas católicos que ele julga que não encontram referências bíblicas, pergunte outra vez: “você crê na bíblia ? “ Pergunte ainda: “você crê de fato que a bíblia é 100% verdadeira ? “ Ele responderá sim. Não terá outra saída. Então diga: “A Igreja é coluna e sustentáculo da verdade”. Conclua: “Eu sigo o magistério da Igreja.” E pergunte: “você faz o mesmo ou crê em sua interpretação pessoal ? “ E logo a seguir afirme. “A Bíblia ensina que interpretação alguma é de caráter individual.” (2Pd 1,20 combinado com 3,15-16).


Se ele disser que segue o magistério da Igreja, pergunte de que Igreja ele está falando se nenhuma das igrejas protestantes existiam quando da compilação que deu origem a Bíblia.
O protestante poderá alegar que pertence à Igreja Invisível. Eles utilizam muito tal expressão para justificarem sua rebeldia contra a Santa Igreja. Aproveite e pergunte onde está na Bíblia que existe uma igreja invisível? Peça o texto bíblico que fala claramente sobre a Igreja invisível. Nós é que podemos falar em Igreja invisível. A Igreja nos ensina que igreja é muito mais do que construções.

Em algum momento ele dirá que a palavra de Deus manda examinar as escrituras. Eles confundem examinar com interpretar. Você pergunta mais uma vez:
 “O senhor já leu na bíblia que nenhuma interpretação é de caráter individual?". Quando não possuem respostas eles fazem duas outras perguntas fora do contexto inicial. Fique atento. Só se deve passar para outro tema havendo a conclusão do tema anterior.
MAIS NOVA INVENÇÃO PENTECOSWTAL:
CHEIRAR A PALAVRA DE DEUS. O
ESPÍRITO SANTO NADA TEM A VER
COM ISSO!
Ele tentará dizer: “a bíblia manda ir a todo lugar e pregar.” Então lhe diga: “Ora, se a cada protestante pode ler a Bíblia e interpreta-la, ao invés de dízimos, por que não a impressão de Bíblias para todos?". E acrescente também: “Se você é inspirado pelo Espírito Santo quando lê a Bíblia, basta você entregar uma Bíblia para o seu irmão que ainda não crê que o próprio Espírito Santo irá iluminá-lo e orienta-lo também”.
O protestante poderá então dizer que a fé vem pelo ouvir. Então diga que se a fé vem pelo ouvir, e de fato vem, é melhor escutar o que a Santa Igreja ensina do que confronta-la a partir de um leitura meramente privada. E se todos que são protestantes já estão salvos pelo Sola Fide (basta crer), por que eles continuam pregando para quem já está salvo a partir de cultos e reuniões que celebram?
Pergunte, por exemplo, onde está escrito que Lutero é santo? Ele dirá que Lutero não é santo ou que não existe amparo bíblico para considera-lo como tal. Então emende: “Lutero não é santo? Você está me dizendo que ele é pecador como eu ou você ?” Eles gostam de jogar com palavras e estão prontos para usar tudo que você disser contra você mesmo. Ele terá que dizer que Lutero era pecador. Então pergunte por que ele segue a teoria de Lutero sobre o Sola Scritpura (Só a Bíblia) se sabe que Lutero era pecador ?
Antes que ele responda, pergunte se ele já leu na bíblia: “maldito o homem que confia em outro homem”? Se você fosse protestante debochado diria que se ele permanecer confiando em outro homem, no caso Lutero, estará afrontando a bíblia e andando fora da Palavra. Essas são expressões que eles gostam. Mas não use de escárnio. Isto não nos fica bem. Se você fosse protestante ainda poderia dizer-lhe para olhar somente para Jesus. Eles sempre dizem isso para nós. Por certo ele ficaria irritado e já não seguiria a doutrinação mental que recebeu. Mas nesta hipótese, usando deboche e presunção, que méritos teríamos?
Concentremo-nos nos ensinamentos da Santa Igreja e deixemos de lado os chavões comuns aos protestantes. Talvez nem seja necessário esse grande número de questionamentos que apontei para um católico se ver livre do assédio de um mau protestante. Talvez você não tenha experiência ou eloquência para sustentar um debate tão prolongado e tão cheio de nuances.
Alguns doutrinadores protestantes dizem que eles não devem insistir com alguém resistente. Segundo um destes doutrinadores, se um não quer, tem 8 ou 9 que são frágeis e, portanto não se deve perder tempo com aqueles que oferecem resistência. Você só não pode esperar que ele facilmente concorde com você e se converta. O objetivo é dispersá-lo.


A conversão de um protestante ao catolicismo raramente se dá por exercício intelectual. O protestante é filho de Lutero. E quando falamos filho e não seguidor, é porque até mesmo Lutero é seguido apenas parcialmente. Apenas quando lhes interessa, em especial no Sola Scriptura para afrontar o catolicismo. Portanto, sendo filhos de Lutero, são necessariamente auto suficientes e apologistas de suas próprias doutrinas particulares. Cada protestante é uma espécie de dono da Bíblia. Professor, mestre, teólogo, rei, sacerdote, profeta e sempre julgará conhecer mais de catolicismo do que o próprio católico.

Se consideram superiores ao Papa e mesmo ao Magistério da Igreja de 2000 anos. Não aceitam nem mesmo os seus pares, razão pela qual fundam milhares de denominações. Se chamado atenção, o protestante muda de denominação, faz beicinho, nega fala, rompe relacionamentos, sai de casa, larga família, deixa a denominação e vai para outra, quando não funda a sua própria seita.


Mesmo apontando alguns de seus pares como hereges, estes mesmos, quando o adversário é o catolicismo ou quando a questão é meramente estatística, rapidamente voltam a ser irmãos em Cristo e todos estão salvos e todos são bênçãos. É comum ouvir um crente dizendo: “Já somamos 20% da população brasileira.” É como se este crente conhecesse todos os demais crentes, todas as denominações e ao mesmo tempo fosse possível a todos pregarem o Cristo verdadeiro ao mesmo tempo que cada um prega um Cristo diferente do outro. O MAU protestante é um divisor por excelência. Por onde passa divide, questiona e jamais agrega. Só protesta e nada atesta. O protestante é ávido por falar e nunca está pronto para ouvir. Tudo quer ensinar e nada quer aprender. E como sabemos, quem sabe de tudo não carece de instrução.


Nós católicos, por nada sabermos é que seguimos o magistério da Igreja. Por isso nenhum de nós tem seguidores, mas todos seguimos a voz do pastor. Eles costumam dizer que “tomaram posição diante de DEUS.” Eles gostam desse chavão, entre tantos que criaram. Judas também tomou posição diante de DEUS. O Resultado todos já conhecem. Estivemos muito tempo adormecidos e a nossa mansidão aprendida na Igreja foi tratada como covardia pelos nossos “juízes”. Está na hora de reagirmos com sabedoria, rejeitando sempre qualquer tipo de violência, difamação, ofensas e preconceitos, mas jamais esquecendo que devemos combater a heresia, até mesmo por amor ao próximo, e, sempre, sempre, sempre, defender a Santa Igreja e a honra e dignidade da Santíssima Virgem.Combatamos o bom combate e não recusemos a perseguição.

Conclusão: 

Lembrem-se católicos que não estamos obrigados a responder ou provar nada pelo Sola Scriptura (Só a Bíblia). 

Nós seguimos o magistério da Igreja. Seguimos a Bíblia e a Tradição. É o protestante que está obrigado pelo princípio criado por Lutero homem.


Nossa fé pode ser explicada pela tradição e pelo Magistério da Igreja. A fé protestante não pode ser explicada pela Bíblia. 

Este é o “pulo do gato” do protestante. Imaginem que eu cobre de um ateu a guarda do domingo.. Seria estúpido da minha parte, sabendo que ele não é cristão, fazer-lhe tal cobrança. Agora imaginem que eu faça esta mesma cobrança, sendo que eu mesmo não guardo o domingo. Pois é. O protestante que escolheu para si o critério antibíblico “Só a Bíblia”, estabelece para nós o mesmo critério. Critério para o qual não estamos obrigados. E ele mesmo, que criou para si e para os demais o critério “Só a Bíblia”, é o primeiro a ignorá-lo quando, entre muitas situações, não observa a proibição da interpretação privada e a consagração da igreja como coluna e sustentáculo da verdade.
Poderíamos citar uma série de inobservâncias às disposições bíblicas cometidas pelos protestantes. Mas nem precisamos. Se um protestante não é igual ao outro em matéria de fé e doutrina, e, se todos utilizam a mesma Bíblia, é óbvio que, não havendo concordância, tem alguém andando fora da Bíblia. Não estamos dizendo que católicos são melhores do que protestantes ou que podemos julgar a fé que reside no coração de cada ser humano. Estamos apenas defendendo a fé católica contra os ignorantes e os maus.
Reconhecemos até mesmo que é direito de qualquer homem ou mulher permanecer no erro doutrinário se assim desejarem. Respeito o direito de qualquer homem ou mulher aderirem à fé, crença ou religião que mais lhe agradam.

Paz em Cristo e Salve Maria.

POSTAGEM SEGUINTE -  "... em tempos mais recentes, pela vontade de Deus, nos foi legado por eles nas Escrituras, para que sejam o fundamento e pilar de nossa fé” (...). RESPOSTA: Deveria mencionar livro, capítulo e subdivisões, para que pudéssemos examinar o contexto em que isto foi escrito. 

POSTAGEM ANTERIOR - Após efetuar uma exata verificação da possessão (Infestatio) em setembro de 1975, o Bispo de Würzburg, Josef Stangl, autorizou os padres Ernest Alt e Arnold Renz a realizarem os rituais do Grande Exorcismo, cuja base é o Rituale Romanum, que ainda era, à época, uma lei canônica válida desde o século XVII.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

EXORCISMO DE ANNELIESE MICHEL

Anneliese Michel (Leiblfing, Alemanha, 21 de setembro de 1952 — Klingenberg am Main, 1 de julho de 1976) era uma jovem alemã de família católica que acreditava ter sido possuída por uma legião de demônios, tendo sido submetida a uma intensa série de sessões de exorcismo pelos padres Ernest Alt e Arnold Renz em 1975 e 1976.


As graves conseqüências atribuídas ao rito de exorcismo sobre a jovem motivaram a abertura de um processo criminal pelos promotores de justiça locais contra os pais de Anneliese e os padres exorcistas, causando uma grande polêmica em toda a Europa e dividindo a opinião pública mundial. O Caso Klingenberg, como passou a ser conhecido pelo grande público, deu origem a vários estudos e pesquisas, tanto de natureza teológica quanto científica, e serviu como inspiração para os filmes O Exorcismo de Emily Rose, dirigido pelo cineasta estadunidense/norte-americano Scott Derrickson, e Requiem, dirigido pelo polêmico cineasta alemão Hans-Christian Schmid.


Infância

Anneliese Michel nasceu em Leiblfing, no estado federal alemão da Baviera, mas foi criada com as suas três irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Seus pais, Anna e Josef Michel, muito religiosos, lhe deram uma educação profundamente católica. O pai de Anneliese mantinha a família trabalhando em uma serraria.

Tratamento médico

A verdadeira história de Emily Rose
A Primeira Comunhão de Anneliese Michel
Em 1968, com apenas dezesseis anos, Anneliese começou a apresentar sintomas e comportamentos que foram diagnosticados a princípio como epilepsia aliada a um quadro aparente de esquizofrenia, após vários exames na Clínica Psiquiátrica de Würzburg.

Durante a noite, o corpo de Anneliese subitamente se tornava rígido, sentindo um enorme peso sobre o peito, além de uma total incapacidade de falar.

Anneliese foi então enviada para o internamento no Hospital Psiquiátrico de Mittleberg, onde ela permaneceu em tratamento intensivo durante um período de aproximadamente um ano. Quando finalmente recebeu alta, foi ainda capaz de completar os seus estudos secundários e matricular-se na Universidade de Würzburg, onde iniciou os seus estudos em pedagogia.

A verdadeira história de Emily Rose
Anneliese Michel com 16 anos
Entretanto, durante todo esse tempo, Anneliese afirmava continuar escutar vozes ameaçadoras que diziam que ela "queimaria no Inferno" e ter visões assustadoras que ela mesma atribuiu a uma possessão demoníaca. Sem que os médicos encontrassem uma cura definitiva e sem uma explicação satisfatória para os sofrimentos da jovem, os seus pais começaram a cogitar que sua filha, de fato, estava possuída por alguma força sobrenatural maligna. Anneliese agora tinha visões de faces demoníacas durante as suas preces diárias, enquanto aumentava a sua intolerância a lugares e objetos sagrados e mergulhava cada vez mais em crises depressivas.

Durante todo esse período de tempo e até perto do final das sessões de exorcismo, Anneliese foi medicada com poderosos psicotrópicos. No início com Aolept (periciazina), que evita as convulsões por meio de sua ação direta no sistema nervoso, e depois com Tegretol (carbamazepina). A medicação se revelou ineficaz em deter as convulsões e fazer desaparecer as visões e vozes, que se tornaram mais e mais freqüentes para a jovem Anneliese.

O exorcismo

A verdadeira história de Emily Rose
Anneliese (á esquerda) e sua família
No verão de 1973, os pais de Anneliese foram até a paróquia local solicitando aos religiosos que submetessem a sua filha ao ritual de exorcismo. A princípio, o pedido foi negado, uma vez que a doutrina da Igreja Católica com respeito a essas práticas é muito restrita. Segundo a Igreja, dentre outras coisas, os possuídos devem ser capazes de falar línguas que nunca tenham estudado, manifestar poderes sobrenaturais e mostrar grande aversão aos símbolos religiosos cristãos.
Algum tempo depois, o padre Ernst Alt, considerado um perito no assunto, conclui que Anneliese já reunia as condições suficientes para a realização do exorcismo, de acordo com os procedimentos prescritos no Rituale Romanum.

A verdadeira história de Emily Rose
Anneliese com ataque epilético
Por essa época, Anneliese já tinha assumido um comportamento cada vez mais irascível. Ela insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência.

Em 1974, após acompanhar de perto o comportamento de Anneliese, o padre Ernest Alt finalmente decidiu solicitar permissão ao Bispo de Würzburg para realizar o exorcismo e a permissão foi concedida.

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Anneliese amparada pelo pai
Após efetuar uma exata verificação da possessão (Infestatio) em setembro de 1975, o Bispo de Würzburg, Josef Stangl, autorizou os padres Ernest Alt e Arnold Renz a realizarem os rituais do Grande Exorcismo, cuja base é o Rituale Romanum, que ainda era, à época, uma lei canônica válida desde o século XVII.

No rito do exorcismo o padre deve portar um crucifixo e uma Bíblia, para poder utilizar as palavras ditas por Jesus Cristo com precisão. Deve fazer o sinal da cruz, abençoar a pessoa possuída e aspergir sobre ela água benta. O padre então ordena com fé e firmeza que o demônio deixe o corpo do possesso e ora pedindo pela salvação da vítima em nome de Jesus Cristo. As orações denunciam a ação maléfica de Satanás e rogam pela misericórdia de Deus. Normalmente, os padres levam o possesso para uma igreja ou capela, onde podem realizar o rito reservadamente, apenas com a presença dos familiares. As sessões de exorcismo não têm um prazo de duração específico, podendo se estender durante horas, dias ou meses.

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Sessão de Exorcismo
No caso de Anneliese, as 67 sessões de exorcismo que se seguiram, numa freqüência de uma ou duas por semana, se prolongaram inicialmente por cerca de nove meses, durante os quais ela muitas vezes tinha que ser segurada por até três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada. Ela também lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão.

Nas sessões, que foram documentadas em quarenta fitas de áudio para preservar os detalhes, Anneliese manifestou estar possuída por, pelo menos, seis demônios diferentes, que se autodenominavam Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Hitler e Fleischmann, um padre caído em desgraça no século XVI.

Todavia, o Rituale Romanum, assim como o tratamento com psicotrópicos, também não surtiu o efeito desejado.

A Virgem

Durante o período em que esteve submetida ao exorcismo, onde continuava tomando os medicamentos, Anneliese relatou um sonho, onde teria se encontrado com a Virgem Maria, e que ela lhe teria proposto duas escolhas para a sua condição: ou ser liberada logo do jugo dos demônios ou continuar o seu martírio para que todos soubessem que o mundo espiritual e ação dos demônios no mundo existem de fato. Anneliese teria escolhido a segunda opção.

Segundo entendimento do ensaísta Elbson do Carmo, em seu artigo [1], no Universo Católico:
Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso. 

Falecimento

Em 1 de julho de 1976, no dia em que Anneliese teria predito sua liberação, morreu enquanto dormia. À meia-noite, segundo o que afirmou, os demônios finalmente a deixaram e ela parou de ter convulsões. Anneliese foi dormir exausta, mas em paz, e nunca mais acordou, falecendo aos 23 anos de idade. A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos.

Nesse dia, o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos.




Julgamento

Logo após o falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares.

A verdadeira história de Emily Rose
O padre Bob e Anna, a mãe, hoje com 85 anos
Os promotores públicos responsabilizaram os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. Josef Stangl foi quem consagrou bispo o padre Joseph Ratzinger, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI.

O julgamento do processo, que passou a ser denominado como o Caso Klingenberg (em alemão: Fall Klingenberg), iniciou-se em 30 de março de 1978 e despertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a ação de forças demoníacas (cfe. fonte original: "there is no injection against the devil").

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O enterro de Anneliese
Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimento, afirmaram que os padres tinham incorrido inadvertidamente em "indução doutrinária" em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido.

A defesa judicial dos padres foi feita por advogados contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas vezes, as vozes e os diálogos — muitas vezes perturbadores — dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis. Em uma das fitas é possível discernir vozes masculinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte.

Ao fim do processo, os pais de Anneliese e os dois padres foram considerados culpados de negligência médica e foi determinada uma sentença de seis meses com liberdade condicional sob fiança.

Exumação

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O túmulo de Anneliese\
Antes do início do processo, os pais de Anneliese solicitaram às autoridades locais uma permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram esta solicitação em virtude de terem recebido uma mensagem de uma freira carmelita do distrito de Allgaeu, no sudoeste da Baviera. A freira relatou aos pais da jovem que teria tido uma visão na qual o corpo de Anneliese ainda estaria intacto ou incorrupto e que esta seria a prova definitiva do caráter sobrenatural dos fatos ocorridos. O motivo oficial que foi dado às autoridades foi o de que Annieliese tinha sido sepultada às pressas em um sarcófago precário.

Os relatórios oficiais, entretanto, divulgaram a informação que o corpo já estava em avançado estado de decomposição. As fotos que foram tiradas durante a exumação jamais foram divulgadas. Várias pessoas chegaram a especular que os exumadores moveram o corpo de Anneliese do antigo sarcófago para o novo, feito de carvalho, segurando-o pelas mãos e pernas, o que seria um indício de que o corpo não estaria na realidade muito decomposto. Os pais e os padres exorcistas foram desencorajados a ver os restos mortais de Anneliese. O padre Arnold Renz mais tarde afirmou que teria sido inclusive advertido a não entrar no mortuário.

(Excluídas críticas de ateus e espíritas)

Legado

Em 1999, na cidade do Vaticano, o Cardeal Jorge Medina Estevez apresentou aos jornalistas a nova versão do Rituale Romanum, que vinha sendo usado pela Igreja Católica desde 1614. A nova versão, escrita em latim em 84 páginas com encadernação de couro carmim, veio depois de mais de dez anos de estudos e é denominada De exorcismis et supplicationibus quibusdam (em português: "De todos os gêneros de exorcismos e súplicas"). O Cardeal Estevez afirmou, durante a divulgação do rito reformado, que "a existência do demônio não é um ponto de vista, algo no qual se possa decidir acreditar ou não". O Papa João Paulo II aprovou o novo rito de exorcismo que agora é adotado em todo o mundo católico.

Anneliese na manhã do dia 01/07/1976
Segundo o Cardeal Jacques Martin, ex-administrador da Casa Pontifícia, em seu livro My Six Popes, o próprio Papa João Paulo II teria realizado um exorcismo em 1982, expulsando um demônio de uma mulher italiana que lhe fora trazida contorcendo-se, gritando e lançando-se ao chão. O Papa João Paulo II teria ministrado ainda dois outros exorcismos durante o seu pontificado[3].

Nos dias atuais, o túmulo de Anneliese Michel em Klingenberg em Main tornou-se um local de peregrinação para os cristãos que a consideram uma devota que experimentou extremos sacrifícios em um martírio voluntário para possibilitar a salvação espiritual de muitos.

POSTAGEM SEGUINTE - Elaborando.

POSTAGEM ANTERIOR - O texto é propositalmente longo, mas a sua tese central (demonstrada à profusão de citações) é sucinta: basicamente, estes protestantes confessam que «os “pais de igreja” são de fato os pais da Igreja Católica Romana». Ou, de modo mais extenso...